Em 16 de junho de 1993, um satélite russo foi lançado do Cosmódromo de Plesetsk, 800 quilômetros ao norte de Moscou. O Cosmos 2251 era um satélite de comunicações militares que serviu fielmente nessa função até 1999, quando foi desativado e deixou uma nave espacial abandonada. Permaneceu assim por quase 10 anos. Em 14 de setembro de 1997, um satélite americano foi lançado do Cosmódromo de Tyuratam, 2.100 quilômetros a sudeste de Moscou. O Iridium 33 era um satélite de telecomunicações que fazia parte do serviço mundial de telefonia via satélite Iridium. Ele serviu fielmente até o fim repentino de sua vida útil, quase 12 anos depois. Às 13:56 no horário de Brasília, do dia 10 de fevereiro de 2009, o impensável aconteceu. Esses dois satélites fizeram história por serem as primeiras cargas úteis totalmente intactas a colidir. Os satélites destruíram um ao outro, deixando várias centenas de pedaços de detritos em seu rastro. Esses detritos representarão uma grande ameaça a outros satélites ativos por várias décadas. O Iridium 33 (600 quilos) e Cosmos 2251 (900 quilos), colidiram em um ângulo de 103,3 graus com uma velocidade relativa de 9,2 quilômetros por segundo. Isso é 33.000 quilômetros por hora ou 26 vezes a velocidade do som. Os dois satélites colidiram 788,6 quilômetros diretamente acima de um ponto na Terra 97,86 graus de longitude leste e 72,51 graus de latitude norte; o extremo norte da Sibéria. A NASA relatou que uma grande quantidade de detritos espaciais foi produzida pela colisão, sendo 1 347 detritos para Kosmos 2251 e 528 para Iridium 33. Em 2017, a NASA teve que fazer 21 manobras para evitar colisões por espaçonaves não tripuladas, sendo que duas foram para evitar a colisão do Iridum 33 e do Cosmos 2251.



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