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Essa estrela pode não estar sozinha

  • Foto do escritor: Astronomia e Astronáutica
    Astronomia e Astronáutica
  • 19 de jul.
  • 1 min de leitura

Esta imagem conta a história da redenção de uma estrela solitária. Pensava-se que a jovem estrela MP Mus (PDS 66) se encontrava sozinha no Universo, rodeada por nada mais do que uma faixa de gás e poeira chamada disco protoplanetário. Na maioria dos casos, o material dentro de um disco protoplanetário se condensa para formar novos planetas ao redor da estrela, deixando grandes lacunas onde o gás e a poeira costumavam estar. Esses recursos são vistos em quase todos os discos - mas não no MP Mus. Quando os astrônomos o observaram pela primeira vez com o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), viram um disco liso e sem planetas, que se mostra aqui na imagem da direita. A equipe, liderada por Álvaro Ribas, astrônomo da Universidade de Cambridge, Reino Unido, deu a esta estrela outra chance e a observou novamente com o ALMA em comprimentos de onda mais longos que perscrutam ainda mais profundamente o disco protoplanetário do que antes. Essas novas observações, mostradas na imagem à esquerda, revelaram uma lacuna e um anel que haviam sido obscurecidos em observações anteriores, sugerindo que o MP Mus poderia ter companhia, afinal. Enquanto isso, outra peça do quebra-cabeça estava sendo revelada na Alemanha quando Miguel Vioque, astrônomo do Observatório Europeu do Sul, estudou essa mesma estrela com a missão Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA). Vioque notou algo suspeito - a estrela estava balançando. Um pouco de trabalho de detetive gravitacional, juntamente com as descobertas das novas estruturas de disco reveladas pelo ALMA, mostrou que este movimento pode ser explicado pela presença de um exoplaneta gigante gasoso.

Fonte: ESA.

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