NASA explica como consertar uma câmera a milhões de quilômetros de distância
- Astronomia e Astronáutica
- 21 de jul.
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A sonda Juno possui uma câmera câmera colorida de luz visível chamada de JunoCam. A unidade óptica da câmera está localizada fora de um cofre de radiação com paredes de titânio, que protege componentes eletrônicos sensíveis para muitos dos instrumentos da Juno. Por isso, ela está expostas aos intensos campos de radiação de Júpiter, que são os mais intensos do Sistema Solar em termos planetários. Embora os projetistas da missão estivessem confiantes de que a JunoCam poderia operar nas primeiras oito órbitas de Júpiter, ninguém sabia quanto tempo o instrumento duraria depois disso. Ao longo das primeiras 34 órbitas da Juno (sua missão principal), a JunoCam operou normalmente, retornando imagens que a equipe incorporou rotineiramente aos artigos científicos da missão. Então, durante sua 47ª órbita, o imageador começou a mostrar indícios de danos causados pela radiação. Na órbita 56, quase todas as imagens estavam corrompidas. A segunda imagem mostra a deterioração na qualidade da imagem. Ela mostra ciclones circumpolares no polo norte de Júpiter. Embora a equipe soubesse que o problema poderia estar ligado à radiação, identificar o que, especificamente, foi danificado na JunoCam foi difícil a centenas de milhões de quilômetros de distância. As pistas apontavam para um regulador de tensão danificado que é vital para a fonte de alimentação da JunoCam. Com poucas opções de recuperação, a equipe recorreu a um processo chamado recozimento, em que um material é aquecido por um período especificado antes de esfriar lentamente. Embora o processo não seja bem compreendido, a ideia é que o aquecimento possa reduzir defeitos no material. Logo após o término do processo de recozimento, a JunoCam começou a produzir imagens nítidas para as próximas órbitas. Mas Juno estava voando cada vez mais fundo no coração dos campos de radiação de Júpiter a cada passagem. Na órbita 55, as imagens começaram novamente a mostrar problemas. No entanto, quando a sonda se aproximou de Io, uma das luas de Júpiter, as imagens melhoraram muito, como pode ser visto na primeira imagem do polo norte da lua vulcânica.



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